Aparentemente, de acordo com a publicação, a maioria dos consumidores são atletas ou frequentadores de academias que acreditam que o leite materno seja uma espécie de elixir mágico que enche seus corpos de energia. Esse pessoal tem substituído os suplementos convencionais — e até os perigosos esteroides — pela substância, e recorrem a fornecedoras conhecidas e sites especializados para obter o produto.
Fulano me disse...
Antes de recorrer a sites especializados, esse entrevistado costumava obter o leite de uma vizinha que estava amamentando, mas, sabe como são as coisas... a “fonte secou” e ele que buscar outros meios para conseguir a substância. Outro consumidor contou à NY Mag que começou a tomar o leite depois do nascimento do primeiro filho — hoje ele tem 4! — baseado na ideia de que se é bom para os bebês, então deve ser bom para os marmanjos também!
Motivação
De maneira geral, os sites que oferecem leite materno nos EUA operam apenas com doações e estão focados em crianças que realmente precisam do alimento. Contudo, embora a venda de fluídos corporais seja proibida em sites como o eBay, por exemplo, não existe nenhuma regulamentação específica que proíba a comercialização do leite materno através de sites menores, mesmo que seja para o consumo de homens adultos. E o mercado paralelo está crescendo!
Uma das “fornecedoras” — que decidiu doar um estoque de leite não utilizado — contou que ficou horrorizada com a quantidade de homens interessados em obter o produto. Tanto que ela inclusive chegou a duvidar que no site escolhido por ela realmente existissem mulheres em busca da substância para alimentar seus filhos. Além de a procura estar crescendo nos EUA, outro país no qual o mercado está florescendo é a China. Não existem informações sobre a prática aqui no Brasil.
E é bom mesmo?
Sem falar que o consumo de fluídos corporais obtidos de estranhos pode ser arriscado. Uma pesquisa realizada nos EUA revelou que 64 % das amostras de leite materno obtido através desses sites apresentava contaminação por estafilococos, 36% por estreptococos e quase três quartos do total apresentava contaminação por outros tipos de bactérias. Caso fosse destinado aos bancos de leite mantidos pelo governo, 74% do leite teria sido reprovado.
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