quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Golpe da namorada russa

Um golpe que esta sendo muito usado no Brazil

INFORMAÇÕES SOBRE GOLPES DE RELACIONAMENTO

Muitos cidadãos brasileiros já relataram ao Setor Consular da Embaixada do Brasil em Moscou ter sido vítimas de golpes ao estabelecerem contatos com mulheres russas ou bielorrussas em sítios eletrônicos de relacionamento na Internet.
Os chamados “golpes de relacionamento” atingem cidadãos de várias nacionalidades, que, ao buscarem travar contato e ter relacionamentos com supostas cidadãs russas ou bielorrussas pela Internet, tornam-se vítimas de armadilhas nas quais são levados a transferir somas de dinheiro para contas bancárias no exterior.
Normalmente, uma bela mulher, de falsa ou verdadeira identidade, após curto relacionamento por meio da Internet, demonstra interesse em visitar seu “amigo brasileiro”. Seguem-se, então, pedidos de envio de recursos financeiros, supostamente destinados à compra de passagens aéreas; ao pagamento de taxas de visto; à comprovação de condição financeira para o sustento durante a permanência no Brasil, mediante apresentação de dinheiro, em espécie, às autoridades consulares brasileiras e policiais de imigração; ao custeio de exames médicos e de seguros de saúde internacionais para a obtenção dos vistos.
Diante do problema, o Setor Consular da Embaixada do Brasil em Moscou presta os seguintes esclarecimentos:
  • a) Portadores de passaporte russo não mais precisam de visto para viajar ao Brasil por períodos que não excedam a 90 (noventa) dias, dentro de períodos de 180 (cento e oitenta) dias. A isenção de vistos de curta duração foi estabelecida pelo “Acordo entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo da Federação da Rússia para a Isenção de Vistos de Curta Duração para os Nacionais da República Federativa do Brasil e da Federação da Rússia”. O acordo está em vigor desde 7 de junho do ano corrente e pode ser acessado no endereço eletrônico

  • b) Cidadãs bielorrussas precisam de visto para viajar ao Brasil. Atualmente, um visto de turista para cidadã(o) bielorrussa(o) custa cerca de 20 dólares;
  • c) Para a obtenção de vistos ou no controle das autoridades migratórias russas, bielorrussas ou brasileiras, não é necessária a apresentação de exames médicos, tampouco a apresentação de seguro de saúde internacional. O Setor Consular da Embaixada do Brasil em Moscou apenas recomenda aos viajantes que vão ao Brasil, como medida de precaução, a aquisição de seguro de saúde internacional, o que não é obrigatório;
  • d) O Brasil não exige o Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia para entrada no país. Apenas é recomendada a vacinação contra a febre amarela ao viajante não vacinado ou vacinado há mais de 10 anos contra febre amarela cujo destino sejam áreas de mata das regiões consideradas de risco. 
  • e) Nos pedidos de visto e eventualmente em controles migratórios de aeroportos, as condições financeiras do viajante de manter-se em território brasileiro durante o período de estada são, de fato, analisadas. Exemplos de documentos que podem ser exigidos são extratos bancários, faturas de cartão de crédito, contracheques e cartas de empregador com informações sobre a função exercida e o salário. O Setor Consular da Embaixada do Brasil em Moscou aceita, inclusive, carta-convite assinada por pessoa residente no Brasil, com firma reconhecida em cartório, na qual aquele que convida responsabiliza-se por seu convidado e compromete-se a arcar com todas as suas despesas no Brasil. A apresentação de dinheiro em espécie como prova de condição financeira para a viagem nunca é exigida pelas autoridades consulares brasileiras;
  • f) Tanto o Setor Consular da Embaixada do Brasil em Moscou como autoridades migratórias aceitam reservas de bilhetes eletrônicos de avião feitas de qualquer lugar do mundo. As passagens podem ser, inclusive, reservadas no Brasil, em agência de viagens ou diretamente na Internet. Os bilhetes eletrônicos reservados podem ser enviados às cidadãs russas ou bielorrussas por e-mail.
Além dos esclarecimentos acima feitos, o Setor Consular da Embaixada do Brasil em Moscou faz as seguintes recomendações para que os golpes de relacionamento sejam evitados:
  1. Evitar a transferência de somas de dinheiro a contas bancárias no exterior;
  2. Se a intenção é custear passagens aéreas para pessoa conhecida em sítio eletrônico de relacionamento, reservar bilhetes eletrônicos no Brasil, seja por meio de agência de viagem, seja pela internet;
  3. Não atender a pedidos de custeio de exames médicos em território russo ou bielorrusso;
  4. Instalar e solicitar da parceira russa ou bielorrussa do outro lado do computador a instalação de câmera própria para computador, popularmente conhecida como web cam. Muitas vezes as fotos enviadas pelas supostas cidadãs russas ou bielorrussas revelam-se falsas. Antes da realização de qualquer gasto, é recomendável conversar de viva voz com a cidadã russa ou bielorrussa vendo-a, o que é possibilitado com o uso da web cam. Essa parece ser a melhor maneira possível de certificar-se da identidade de pessoa conhecida pela internet.
O Setor Consular da Embaixada do Brasil em Moscou não está legalmente habilitado a verificar nem a identidade de cidadãs russas e bielorrussas, nem a veracidade de seus documentos, tampouco a realizar investigações de qualquer espécie. Assim sendo, é aconselhável que, em caso de dúvidas, sejam lidos atentamente os esclarecimentos e seguidas as recomendações acima feitos.



Pegadinha do palhaço maligno Imperdivel



Transplante de cabeças humanas

Primeiro transplante de cabeça divide opinião de médicos


transplante-de-cabeca

Até agora, transplantes de cabeça não foram feitos por causa de barreiras técnicas, como a capacidade de conectar a medula espinhal do doador com a do receptor. No entanto, um novo artigo do Dr. Sergio Canavero, membro do Turin Advanced Neuromodulation Group, diz que já somos capazes de superar as dificuldades.

No texto, o médico esboça um processo modelado em transplantes de cabeça bem sucedidos que foram realizados em animais desde 1970.
Literatura científica

Nos transplantes feitos em animais, os cientistas não foram capazes de conectar a medula espinhal do corpo doador à cabeça do receptor, o que deixou os pacientes paralisados abaixo do ponto de transplante.

No entanto, Canavero crê que avanços recentes em reconexão da coluna vertebral cortada cirurgicamente podem facilitar a técnica e torná-la possível em humanos.

O procedimento que o médico esboça é muito parecido com o usado por Robert White, que transplantou com sucesso a cabeça de um macaco rhesus no corpo de um segundo rhesus em 1970.

Em primeiro lugar, ambos os pacientes devem estar na mesma sala de operações. Em seguida, a cabeça a ser transplantada deve ser resfriada entre 12 e 15 graus Celsius. Movendo-se rapidamente, os cirurgiões devem remover ambas as cabeças ao mesmo tempo, e religar a cabeça do paciente no novo corpo dentro de uma hora para preservar o sistema circulatório do organismo.

Uma vez que a cabeça é reconectada, o coração do paciente pode ser reiniciado, e os cirurgiões podem começar a religar outros sistemas vitais, incluindo a medula espinhal.

Medula espinhal: a chave


A ligação de uma medula espinhal da cabeça de uma criatura com o corpo de outra nunca foi tentada nem em animais, por isso o artigo de Canavero deve ser tomado como um exercício de especulação.

No entanto, o corte e religação da medula espinhal no mesmo animal já foram feitos com certo sucesso no passado. Por exemplo, cientistas da Case Western Reserve University e da Cleveland Clinic (ambas nos EUA) foram capazes de restaurar conectividade limitada entre duas metades cortadas da medula espinhal de ratos.

A religação de medulas espinhais pode ser realizada através do encorajamento dos mecanismos naturais de cura do corpo. Canavero acredita que cortar a medula espinhal com uma faca superafiada e ligá-la imediatamente ao corpo de outra pessoa permite uma conexão mais completa.

“É este ‘corte limpo’ que é a chave para a fusão da medula espinal, na medida em que permite que axônios proximais cortados sejam ‘fundidos’ com seus homólogos distais. Esta fusão explora os chamados fusogens/selantes, que são capazes de reconstituir imediatamente membranas de células danificadas pela lesão mecânica, independentemente de qualquer mecanismo de vedação endógeno conhecido”, explica Canavero.

O médico sugere que plásticos como o polietileno glicol sejam utilizados para realizar esta fusão, citando pesquisas anteriores que demonstram que a substância permitiu a fusão de medulas espinhais cortadas em cães, por exemplo.

Quem se beneficia


De acordo com Canavero, religar medulas espinhais de pessoas diferentes não é o mesmo que restaurar a função do sistema nervoso em tetraplégicos ou outras vítimas de lesão medular traumática.

No entanto, paraplégicos com lesões qualificadas (ou seja, com suficiente medula espinhal intacta para permitir um transplante de cabeça) poderiam, em teoria, recuperar o pleno uso do corpo (doado). Da mesma forma, pacientes com distrofia muscular poderiam ganhar uma nova vida.

Só que tudo isso ainda está longe da realidade. O novo artigo aponta que o transplante é apenas teoricamente possível e, além dos enormes desafios que tal cirurgia apresenta, outra barreira potencial é seu custo. Canavero estima que a despesa total de um transplante de cabeça seria de pelo menos 10 milhões de euros (cerca de 29 milhões de reais).

Por fim, a bioética de tal procedimento também é extremamente controversa – mesmo quando os cientistas provarem a eficácia da operação, suas implicações práticas devem ser muito debatidas.

Eduardo D. Rodriguez, M.D.