Feridas, sangue, excrementos. Castigo e dor física extrema impostos por vontade própia e captadas com uma camâra. David Nebreda já esteve à beira da morte. Aos 19 anos os médicos diagnosticaram-lhe esquizofrenia e, depois disso, várias vezes esteve internado em clínicas psiquiátricas.
Agora tem 50 anos. É licenciado em Belas Artes mas os seus conhecimentos sobre fotografia sao totalmente autodidatas. Passou anos sem sair de sua casa em Madrid onde agora vive sozinho: sem rádio, nem televisão, nem livros. Tão pouco mantém contacto social ou familiar. Num isolamento absoluto David Nebreda criou centenas de autoretratos e alguns desenhos pintados com o seu própio sangue. Reflecte o seu própio suplício cuidando até ao último detalhe a iluminação e decoração do seu mundo sem saída.
A obra de David Nebreda, desconhecida em Espanha, foi promovida em França. As reacções perante ela sempre são extremas: rejeição absoluta ou fascínio puro.
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