Foram estudados 81 eunucos, três deles ultrapassaram os 100 anos, algo extremamente raro no país naquela época
s cientistas descobriram uma maneira “infalível” para os homens viverem por mais tempo.
Certamente nem todos (para não dizer todos) irão gostar da “técnica”.
Pesquisadores da Coréia do Sul provaram que os eunucos – homens
castrados em diversas práticas culturais ao redor do mundo – podem viver
em uma margem de tempo significativamente maior comparado com homens
não castrados.
O estudo mostrou que os hormônios sexuais masculinos são responsáveis
por encurtar a vida dos homens. A evidência veio após uma pesquisa com
cuidadosa análise de registros genealógicos dos membros nobres da corte
imperial da dinastia coreana Chosun, do ano de 1392 a 1910.
Kyung-Jin Mim, da Inha University, disse: “Esta descoberta acrescenta
uma importante pista para entender por que há uma diferença na
expectativa de vida entre homens e mulheres”, em entrevista ao britânico
DailyMail.
Os meninos castrados na Coréia do Sul perderam seus órgãos
reprodutivos em acidentes – geralmente por severas mordidas de cães – ou
foram submetidos ao processo de castração propositadamente para ter
acesso mais cedo ao palácio imperial.
Os eunucos eram autorizados a se casarem e constituírem família
adotando meninos também castrados ou meninas “normais”. As pessoas
faziam questão que os eunucos fossem claramente registrados nas árvores
genealógicas como prova de que eram da classe nobre.
Após uma intensa pesquisa na literatura histórica dessa dinastia, Min
e seu colega Cheol Koo-Lee, da Universidade da Coréia, descobriram que
os eunucos viviam até 19 anos mais tempo que os homens não castrados.
Foram estudados 81 eunucos, três deles ultrapassaram os 100 anos,
algo extremamente raro no país naquela época. Eles ainda observaram a
incidência de centenários entre os eunucos coreanos e estimam que a taxa
é 130 vezes maior do que em países desenvolvidos.
Os pesquisadores afirmaram que os reis e membros masculinos da
família real que não eram castrados viveram, em média, até os 42 anos. A
equipe relatou os resultados do estudo na revista Current Biology,
afirmando que as descobertas podem oferecer pistas sobre a extensão da
vida masculina.
Na foto é possível observar um eunuco turco do século 18.
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